sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Capítulo Um

Capítulo Um

Esta é a história de uma menina que conheceu seu verdadeiro amor numa noite em um cemitério.
Amaranth era uma doce menina, de olhos azuis, quase brancos, cabelos negros e lisos, pele clara e macia como seda, um sorriso hipnotizante e um olhar profundo. Mas porém, era sozinha. Não tinha amigos por causa de seu jeito tímido e sombrio, que afastava quase todo mundo dela.
Uma bela noite, Amaranth decidiu sair para encontrar um refúgio para seus problemas, pois ela estava cansada de tudo dar errado. Amaranth acabou entrando em um vasto e deserto cemitério, sombrio e escuro à noite, ela achava que nem espíritos ainda moravam lá. Mas estava errada. Depois de algumas horas, chegaram mais pessoas que ela sabia que eram amigos: pessoas com coturnos, espartilhos apertados, cabelos presos ou soltos pretos, com longas saias e uma longa capa por cima : eram góticos. Amaranth finalmente se encontrou entre eles, mas ficou na dela, esperando que alguma coisa acontecesse.
Amaranth estava escrevendo um poema, quando de repente um gótico veio falar com ela.
- Você é nova por aqui?
Amaranth hesitou por um momento, pois nunca ninguém nunca veio falar com ela antes.
- Sim.
- E porque escolheu este cemitério para repousar?
- Aqui é o único lugar que eu tenho paz.
- Hum, entendo. E, posso saber o seu nome?
- Amaranth, e o seu?
- Me chamo Eric, prazer.
- Você é gótico também, eu suponho.
- Sim, e pelo jeito você também é!
Amaranth finalmente achou um grupo em que se identificou: os góticos.
Eric era um gótico legítimo. Não abria mão de usar seu coturno e seus cabelos eram pretos. Maquiagem muito carregada, olhos azuis muito claros, era único entre seu bando em que se destacava.
Já estava tarde, e Amaranth precisava ir embora. Ela não queria voltar. Gostara muito do lugar e queria morar ali para sempre, mas sabia que o único jeito de morar lá era estar morta ou trabalhar de coveiro naquele lugar mórbido. Eric se precipitou em alcançar Amaranth, que estava abrindo os portões do cemitério.
- Amaranth, aonde você vai a esta hora?
- Preciso voltar para casa, é muito tarde.
Realmente era muito tarde. Já eram 1 da manhã, e ela precisava acordar cedo para ir à escola.
- Amaranth, se quiser, eu te dou uma carona, ...aceita?
- Tudo bem, mas não demore.
Eric pegou as chaves de seu carro e levou Amaranth para fora do cemitério.
- Tem certeza que não quer ficar?
- Querer ficar eu quero, mas não posso.
- Se quiser, fique. A sua presença nos agrada muito.
- Mas, eu nem conheço ninguém dali, só você.
- É que eu fale de você para a galera, e eles pareceram gostar de você.
Amaranth ficou surpresa quando ouviu aquilo, pois nuca teve amigos. Ela sempre pensava que era estranha demais para ter amigos.
- Bom, te vejo amanhã, se é que você vem...
- Pode deixar, eu apareço por lá amanhã...
- Aparece sim, só que mais cedo, pois senão não da para curtir muito...amanhã a gente sai mais cedo.
- Por que?
- A gente tem compromissos às 3 da manhã...depois eu te conto mais.
- Tudo bem – Amaranth saiu do carro – Amanhã a gente se vê.
- Thau – Eric deu um beijo em Amaranth e ligou o carro. – Thau...
era tarde e Amaranth entrou em casa. Só deu para escutar os berros de sua mãe vindos do corredor.
- Isso é hora de uma moça chegar em casa? Aonde você foi?
- Nem queira saber... e para de gritar!
- ... – Dona Anna deu um longo suspiro- ...desculpe filha, nunca fui paciente com você, né? Prometa o que vou mudar. Pois você já tem 16 anos...vem cá!
Don’Anna deu um abraço em Amaranth.
- Promete que você vai me deixar sair e voltar mais tarde?
- Depende do lugar que você vai.
- É que eu vou ao cemitério à noite.
- Amaranth...

Um comentário:

Belah Lacerda disse...

Tipaçim...já conhecia a história mas tá show mirna!

xoxo